Image Map


Provavelmente vocês que leram o título dessa postagem devem estar se perguntando que raios de título é esse. Pois bem, deixe-me explicar: Primeiro brinco com o título do livro da Meg Cabot, "Tamanho 42 não é gorda" e segundo, por que quero fazer uma crítica a indústria da moda. 
Hoje, eu e minha mãe decidimos ter um dia mãe&filha e fomos a uma conhecida loja de roupas. Como diria meu pai, galinhagem para cá galinhagem para lá, em determinado momento senti que tinha encontrado o vestido da minha vida: Ele era verde, de lese (para quem não sabe é um tecido cheio de buraquinhos que parece renda), não muito curto e meio justinho. Toda feliz, fui lá pegar o bendito na numeração na qual estou acostumada (38/40), quando fui no provador provar o tal, não é que ele não entrava? 
Antes que pensem que isso é um post para eu dizer "Ai meu Deus, como estou gorda! Zeus me salva!", aviso-lhes que não. 
Como para uma pessoa que está acostumada a vestir P não entra em uma roupa P? Alguns podem dizer que a modelagem é diferente mas, para esses aviso, experimentei o G do mesmo modelo em outra cor e me mesmo assim ficou um bocado apertado. 
O que quero dizer com toda essa minha história é que as modelagens pequenas estão ficando cada vez menores no intuito de fazer uma pessoa de jeans 38 ser obrigada a pegar um vestido G e se sentir tão gorda ao ponto de passar um mês na dieta das Angels da Victoria's Secret e as pessoas que usam jeans 44 não terem a tamanho maior a recorrer sentindo-se aberrações, abortos da natureza. Agora pergunto, PARA QUE?!
Não tem  sentido racional em querer humilhar as pessoas e destruir a auto estima delas, fato, mas quem disse que algo nisso é racional? Para que ter pessoas que obedecem os padrões da mídia? Elas certamente não irão gastar pequenas fortunas em tratamentos estéticos nem comprar revistas que prometem chá milagroso que retira 5kg em um mês. 
Tudo gira em torno de dinheiro. Apenas tudo, simples assim. Pessoas felizes não são lucrativas para o mercado então não tem por que investirem em um sociedade feliz, pessoas felizes têm seus próprios objetivos, estilo de vida e opinião, ou seja, não vão se deixar influenciar por modinhas. 
Não entendeu? Deixa que eu explico! :
Não é uma ou duas pessoas que decidem os padrões. São várias pessoas, por isso chama-se indústria. Quando, há anos atrás estipularam o 36/38 como ideal poucas mulheres conseguiam atingir isso mas, com a revolução tecnológica nos meios estéticos hoje várias mulheres são capazes de chegar no manequim  36/38, então já que muitas mulheres estão obedecendo os padrões, as mesmas pessoas que decidiram que o número 36 era ideal para um jeans, agora decidem transformar o jeans 36 em um jeans 34 para assim, as mulheres que obedeciam aos padrões antigos não obedecerem mais e ficarem infelizes, ficando assim mais vulneráveis ao consumo em excesso, a cirurgias plásticas e a tratamentos estéticos perigosíssimos. 
A mídia, de forma geral, tem grande papel manipulador desde seu início e isso é algo que nunca vai mudar, mas algo que é bastante controverso é até que ponto a mídia está tentando manipular uma sociedade inteira apenas por que está fazendo seu papel e a partir de onde ela está ultrapassando os limites. E se ela está ultrapassando seus limites não é por que ela é malvada e quer nos transformar em carneirinhos e sim, por que nos deixamos manipular. Se não pensarmos por nós, alguém vai vir e pensar no nosso lugar #ficaadica.

Beijos 
S.S Sarfati 
(Caso alguém ainda esteja curioso para saber o desfecho da história: Apesar de perfeito o vestido, para vesti-lo era um sufoco e eu mal respirava e para usa-lo, teria que ficar o mês comendo sopa, uma semana antes parar de ingerir sólidos e três dias antes cortar aguá, ou seja, teria que fazer a dieta das Angels.  

Deixe um comentário