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Lembra quando você me disse tudo aquilo outra noite?
Bem, essa noite foi dia vinte e seis de fevereiro. Faz um bocado de tempo né? Embora, para mim, parece que você disse ontem. E toda noite parece que você disse ontem. É um ciclo de dor.
Todas as noites, antes de dormir, sinto a fúria das suas palavras rasgando a minha pele. Não sou capaz de esquecer. Talvez, lá no fundo, eu goste de sofrer. Ou talvez, eu seja só fraca demais para que algo seja cicatrizado em mim.
Espera, eu estou mesmo repetindo o que você disse?
Aquela noite, você fez pouco caso dos meus sentimentos. Você os humilhou e me humilhou. Você colocou-se mais uma vez naquela sua posição irritante de falsa superioridade. Você é tão babaca.
Você achou-se dono da razão, mais uma vez. Isso é ridículo. Nem você se leva a sério, por isso você me ofende, me machuca e me faz temer. Para que alguém te respeite. Já que obviamente nem você faz isso.
E hoje, mais uma vez, você fez o de sempre. Ofendeu. As vezes penso que é a única coisa que sabe fazer.
Ninguém nunca te enfrentou realmente. Você sempre disse tudo o que quis e nunca aguentou as consequências disso. Com sua aparência doce, frágil e manipuladora.
Mas agora, cansei. Vou te enfrentar. Você vai me temer.
Quero dizer, mais do que isso, você vai temer a minha falta.

Beijos
S.S Sartati


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