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Vou te pedir gentilmente que entenda
uma coisa: passou-se certo tempo. Não meses ou anos, mas alguns dias. Eu
poderia te encher de narrativas inúteis como a Sami indo comprar ingredientes
para a ceia de Natal com a mãe enquanto conversavam sobre os acontecimentos
recentes em relação a Sami e o Noah. Ou até mesmo o choque que Noah levou
enquanto colocava as luzes de Natal na garagem. Seria tedioso e desnecessário.
Alterou alguma coisa na sua vida saber que o Noah almoçou com a irmã no
shopping depois da prova dela de Artes? Não? Pois bem, é desse tipo de
informação que eu quero te poupar. Não fique chateado comigo. Ou fique, não é
como se eu me importasse. Não me importo. Não é como se eu fosse sua amiga ou
até mesmo sua mãe, sou apenas a narradora deste conto e você está me ouvindo
porque quer, ninguém está te obrigando a nada.
Além disso, acho importante ressaltar
algo: ela gosta dele, ela só está com um pouco de frescura. É, frescura mesmo.
Tanta gente que não se gosta e está junto mesmo assim e ela gosta do cara e
fica evitando estar com ele. Por que?! Quando eles terminaram (ou deram um
tempo, interprete como quiser) ela queria evitar que o relacionamento deles se
desgastasse por conta da distância, ela queria que acabasse cedo, porém bem.
Ela teve medo de um relacionamento prolongado e ruim. Tadinha da Sami, temendo
a vida.
Na vida você não tem noção da duração
das amizades, dos relacionamentos, dos empregos ou até mesmo da vida das
pessoas para acabar quando ainda está bom e evitar sofrer, você é obrigado a
ficar até o fim e agüentar as últimas conseqüências. Ou largar antes do fim e
ficar na dúvida se você pulou fora no momento certo ou se você evitou uma vida
cheia de felicidade. Só vivendo para saber.