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Wicked Resenha
Brincando de Escritora

Se tem uma história que eu amo desde que me entendo por gente é a do Mágico de Oz. Sou completamente apaixonada pela história desde que assisti o filme pela primeira vez quando era criança em fita VHS gravada direitamente da televisão e em branco e preto, ou seja, essa paixão é realmente antiga. Quando, em 2010, fiquei sabendo da existência de um livro que contava a história de Oz antes de Dorothy e seus amigos quis ler na hora e eu só fui encontrar o livro para vender em 2016. Fiquei muito animada na época porque eu já era fã do musical tanto a versão brasileira quanto a versão original de 2003 com a Idina Menzel (Elphaba) e Kristin Chenoweth (Glinda). 
O livro escrito por Gregory Maguire muito me lembrou a estrutura das fanfics que eu lia na internet quando adolescente - inclusive pelas falhas e momentos tediosos. Embora a história tenha caído no gosto do público em grande parte por causa do musical, este não é totalmente fiel ao livro. A impressão que tive é que o musical é uma versão Disney, colorida e alegre, de uma história escura e triste. 
A personagem central da história é Elphaba, a Bruxa Malvada do Oeste, e ao contrário da história do Mágico de Oz em que ela é vista como uma criatura má e pronto, tendo sua morte muito festejada por todos, em Wicked sua morte é vista com tristeza e pesar pois ao longo de todas as suas quase 500 páginas o leitor se apega a Elphaba e suas motivações por fazer o que faz. Apesar do musical passar a ideia de que a história é quase que infantil, o livro é bastante politizado e há várias insinuações de sexo. Inclusive a parte politizada do livro foi o que mais me agradou.
Ao narrar a história de Elphaba desde antes do seu nascimento até o momento em que Dorothy joga agua na bruxa dissolvendo-a, há certos pulos que embora cronológicos me irritaram bastante. Por exemplo, da parte em que conta da Elphaba bebê logo pula para a parte em que ela está entrando na universidade de Shiz e eu não conseguia parar de pensar no que havia acontecido nesse meio tempo. Alguns dos eventos ocorridos nesses pulos é explicado sem muitos detalhes ao leitor.
Eu não estou familiarizada com livros de fantasia, mas achei a narrativa de Wicked péssima, arrastada, dando muitos detalhes sobre o cenário e deixando algumas questões importantes da Elphaba de lado. Embora o livro tenha história para suas quase 500 páginas, ele não é construído de maneira para tal. Metade das páginas era o suficiente para o nível superficial de história que ele conta.  Elphaba é bem desenvolvida, mas só ela. 
Originalmente Wicked era para ser um livro único, contudo Maguire acabou se perdendo e fazendo outros três livros: O Filho da Bruxa, Um Leão Entre os Homens e Fora de Oz. Nenhum deles tem edição no Brasil, mas eu espero muito que a Leya traga-os para o Brasil. Apesar de ter me entediado  com Wicked, quero muito saber se nestes três livros as pontas soltas são amarradas. É quase como uma vaidade literária minha, mas mesmo que eu não tenha gostado do primeiro volume de uma saga, eu sempre quero saber o que acontece nos demais livros.

Você já leu, o que achou? Gosta da história do Mágico de Oz?
Me adiciona no Skoob para trocarmos dicas literarias :)

Beijos 
S.S Sarfati 


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