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Se você acompanha o blog, provavelmente você já deve ter percebido que eu posto bastante coisas referentes ao momento no qual estou vivendo. Por isso o blog é bem pessoal. E bastante do que uma adolescente de dezesseis anos vive é a escola por isso, naturalmente, acabo fazendo referencia a aulas que tive durante a semana. Principalmente caso eu tenha gostado da aula.
Em fevereiro, eu fiz uma postagem falando sobre a segunda fase do Romantismo (ou ultrarromânticos) e meses, se passaram e cá estou eu estudando a terceira fase do romantismo.
O mais interessante em ver o período como um todo (nesse exato momento estou estudando o Romance Urbano), é analisar e ver todas as fases de um relacionamento. Não o relacionamento em si, mas, o pós relacionamento.
É como se na primeira fase, o poeta, em meio a todo aquele ambiente bucólico, determinação a criação da identidade nacional e a eferverscência de ideias, tivesse se apaixonado perdidamente por uma moça. Talvez ele tenha vivido uma breve ou não tão breve história de amor com ela, sendo que no fim, ela terminou com ele. Ele ficou aos pedaços! Sofrendo ao ponto de não conseguir mais ver graça em falar que na terra dele tinha palmares onde cantavam os sabias. Mas, ele era um poeta não era? E poetas poetizam. E ele precisava poetizar. Por isso ele mudou o assunto dos seus poemas. Ele começou a falar sobre a tal que terminou com ele na segunda fase.
Apesar de desejar a todo o instante que a morte fosse nele (morte, vem ni mim) , ele não conseguia odiá-la. Ele ainda estava apaixonado. Por isso ele ainda continuava escrevendo sobre ela. E ele escreveu, se derreteu em lágrimas cheias de amargura e solidão para cada palavra dura que ele disse a ele. Desejou duramente voltar a ser a criança que um dia ele foi. Até que, em uma bela manhã, ele percebeu que escrever sobre ela ou sobre o que ela havia feito para ele não iria leva-lo a canto nenhum. Ela estava feliz e com outro. Do que iria adiantar ele ficar idealizando-a a seu lado todas as manhãs? Falando da maneira única que seus cabelos cobriam o seus olhos? Ou até mesmo do temperamento engraçado que ela tinha? Então ele começou a vê-la como uma monstra sem coração que terminou com um pobre tolo apaixonado. Ela virou um demônio. E ele se manteve firme ao propósito de odiá-la. Nenhuma foto dela sorrindo iria faze-lo mudar de ideia. E ele foi até o fim nisso.
E ai, começa a terceira fase. Terceira fase onde o poeta, digamos que, se reinventou e partiu para outra. Ele está sendo o aventureiro que nunca foi! Saindo com outras mulheres, procurando um contato maior com a sociedade e com a sua boemia. Ele está atrás da realização carnal dos desejos. Afinal, ele passou muito tempo procurando por algo puro que ele descobriu que não existia.
E o poeta cresceu ao nossos olhos. De adolescente para homem. Dependendo do poeta em si, ele realmente se reinventou e deixou ela junto com o passado lá atrás. Mas se for outro, talvez ele ainda a ame. Nem que só um pouquinho. O primeiro amor nós nunca esquecemos. Talvez ele ainda a ame com saudades, ou talvez,  ele ainda ame de verdade e nunca tenha saído da segunda fase. Como nós vamos saber?

Beijos
S.S Sarfati

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