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Era uma outra vez... Uma menina que se sentia diferente das demais pessoas daquela cidade. Talvez por que ela fosse mesmo diferente. Ou ela era igual e tudo isso era uma questão de ponto de vista. Bem, ela nunca tentou descobrir ao certo, ele nunca esteve de fato interessada nisso tudo.
Pois bem, essa menina nunca entendeu muito bem qual era sua função no mundo. Sempre achou-se meio avulsa a algumas coisas e a maioria de pessoas. Mas ela era esperta, sabia esconder tudo isso. Um sorriso bem dado era capaz de esconder tudo e ela sabia disso. E tirava vantagem disso o tempo todo. Alias, fingir que tudo estava perfeito era um dos seus passatempo prediletos. 
Primeiro de tudo, ela sempre tentava ver tudo do lado bom. Como o jogo do contente da história da Pollyanna que lera quando menor, lá pelos seus seis ou sete anos. Segundo, ela era orgulhosa. Muito orgulhosa. Em demasia. Não fazia seu estilo admitir que algo não ia bem. Ela jamais iria admitir uma fraqueza. Talvez nem fosse fraqueza realmente, mas na cabeça dela era. 
Ela adorava e odiava sua condição de ser vivente: adorava ser um pouco diferente das demais pessoas, especialmente as meninas, da sua idade porém odiava não encontrar ninguém diferente como ela. 
Aquele lugar era diferente dela. As vibrações que por lá tinham não eram iguais as dela. O jeito que ela se divertia, não era o mesmo jeito que se divertiam por lá. 
A culpa não era da cidade. Tadinha.. Culpar a cidade. Eram as pessoas mesmo. As vezes ela se sentia na cidade de Footloose (o filme, vocês provavelmente já ouviram falar). As pessoas eram conservadoras e tudo mais, ela já não tinha mais paciência para aquilo. Ser conservador era tão década de 60... E a cidade não era do tipo parada no tempo. Tinha até shopping. Dois! 
Mas ela gostava de agito. Não do agito de uma noite ficando louca e perdendo o chão. O agito de sempre. Uma vida agitada era a melhor coisa para recarregar sua energia. Sair, dançar, se divertir, improvisar... Essas coisas. Ela apenas queria viver uma vida digna de "carpe diem". Há uma música em que diz "sua loucura combina com a minha" e bem, talvez isso que ela realmente quisesse. Uma loucura que combinasse com a dela. Talvez ela fosse louca demais ou talvez louca de menos. Mas será que faria diferença agora? Era uma outra vez uma menina que queria recomeçar sua história em outro lugar. De preferência, longe dali.


Beijos 
S.S Sarfati

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