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Pollyanna book livro

Por incrível que pareça  a primeira vez que li Pollyanna deve ter sido em 2003 ou 2004 e foi uma edição da Editora Scipione chamada Reencontro Infantil que conta com várias obras da literatura clássica mundial adaptadas para crianças e com ilustrações de massinha. A coleção conta com obras como Conde De Monte Cristo (Alexandre Dumas), Sonhos de Uma Noite de Verão (William Shakespeare - um dos meus livros favoritos!), Os Lusíadas (Luís de Camões) entre outros.
Na época, eu li com os meus pais  e me lembro vagamente deles terem ficado bastante emocionados não apenas com o final da história, mas com toda a mensagem do livro. Como eu tinha entre seis e sete anos não entendi muito bem o que acontecia. Acabei deixando um pouco de lado a história e então apenas guardei comigo duas coisas sobre Pollyanna: o final era triste e tinha um negócio chamado Jogo do Contente no meio do livro. 

Pollyanna Coleção Reencontro Infantil

Quase 15 anos se passaram (meu Deus, como estou adulta!) eu vi que a editora Autêntica havia lançado uma nova edição muito bonita do livro e por isso muita gente no meu feed estava falando deste livro (porque no Brasil, o livro é comprado pela capa SIM) e desde então coloquei na cabeça que queria ler esse livro porque eu simplesmente não lembra da história! No Amazon Day encontrei o livro com a edição bonita por menos de R$ 15 e comprei. No início de Outubro eu embarquei nessa jornada chamada Pollyanna. Minha amiga, Maria Fernanda, assim que viu a primeira foto que eu postei no meu stories no Instagram (já me segue lá?) que estava lendo Pollyanna logo me avisou que eu amaria este livro. E não é que ela estava certa?
É um livro infantil, claro, e não há como ler sem lembrar desse "pequeno" detalhe porque em alguns momentos ele pode parecer um pouco inocente demais, até mesmo bobo. Entretanto, é essa inocência que tanto cativa e faz Pollyanna ser uma história tão amada há mais de 100 anos. É muito interessante a história ser tão antiga pois mostra algumas coisas que não estamos acostumados a ver: um educação extremamente rígida, pessoas sendo contra os carros (e não tendo nenhum fator ambiental envolvido) e simplesmente ser uma época em que nem o rádio era tão difundido assim. Por outro lado, é incrível ver como crianças serão sempre crianças (eu escrevi um texto sobre isso, mais especificamente sobre a adolescência). 
"A senhora Snow tinha 40 anos; desses, passou 15 tão ocupada desejando que as coisas fossem diferentes que não sobrou tempo para apreciar as coisas como elas realmente eram"
A história da menina Pollyanna é tão marcada pelo Jogo do Contente, mas está tão além de ser só isso. O Jogo é basicamente um bisavô do #gratidão que toma conta das redes sociais hoje em dia: sempre que as coisas estão ruins, Pollyanna tenta ver o lado bom das coisas e, como disse seu falecido pai, quanto mais difícil for, melhor é o jogo. Eu li este livro em uma fase muito pessimista da minha vida e entrar em contato com o Jogo melhorou muito a energia que eu carregava comigo e eu acredito que foi justamente isso que fez minha vida caminhar e eu acredito estar entrando em uma fase muito agradável que coincide com o início natural de uma nova fase da vida que vou entrar em Fevereiro: os 21 anos! Embora aqui no Brasil, a maioridade é a mesma desde os 18, em alguns países não e isso torna os 21 ainda mais especiais: além de agora poder ser presa em todos os países do mundo, eu sou uma oficialmente uma adulta! Vou poder fazer várias coisas novas, mas vou ter outras responsabilidades também. Como diria o Tio Ben do Homem Aranha (2002): "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades".
O otimismo da história de Pollyanna é contagiante. É do tipo de história que você logo entende porque é um clássico da literatura mundial e como é infantil, é extremamente acessível a todos os públicos. Não apenas por ser um livro curto em relação a quantidade de páginas, mas a narrativa é simples de entender e como é uma história de 1913 é claro que há MUITAS edições por aí em Sebos. Dessa vez, dinheiro não é desculpa para não ler essa história fascinante. 
"Nancy, penso que você devia ficar mais contente na segunda- feira de manhã do que em qualquer outro dia da semana, porque ainda vai demorar uma semana inteira antes de chegar outra segunda-feira!"
Você já leu Pollyanna, o que achou?
Já experimentou jogar o Jogo do Contente?
Me adiciona no Skoob para trocarmos dicas de livros :)

Beijos
S.S Sarfati

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