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The Crown

Alguns de vocês talvez se lembrem de quando falei sobre a 1º temporada de The Crown: uma série com um roteiro fantástico, digníssima de outras temporadas e vários prêmios. E não é que eu estava certa? A série ganhou 28 prêmios, sendo alguns deles Golden Globe de Melhor Série Dramática e Melhor Atriz de Série Dramática (Claire Foy - Rainha Elizabeth II)  e Emmy com Melhor Ator Coadjuvante de Série Dramática (John Lithgow - Winston Churchill) e obteve mais de 55 indicações.
The Crown

Há uma semana estreou a 2º temporada no Netflix e depois de uma temporada de estreia como a que The Crown teve, fiquei receosa que a produção e roteiro não conseguissem manter um nível tão alto, mas foi uma ótima surpresa ao ver que a nova temporada não apenas foi excelente, como deu ao público exatamente o que se propôs ao nomear a série The Crown (A Coroa, em tradução livre).

The Crown

Na primeira temporada somos apresentados aos bastidores da vida da Rainha Elizabeth II desde 1947, quando ela se casa com o Príncipe Philip até 1955 logo após a renúncia do Wiston Churchill como Primeiro Ministro. Passa os olhos rapidamente sobre o romance da sua irmã Margaret com Peter Townsend, mas nada muito detalhado. Por isso temos a impressão de que a série é essencialmente biográfica, mas na 2º temporada somos confrontados com a ideia de que a série não é sobre a Rainha, mas sim sobre a monarquia britânica (por isso o nome A Coroa) e tudo o que ela representa.
The Crown

A 2º temporada se passa  desde 1957, com a renúncia de Churchill e a entrada de Sir Anthony Eden como Primeiro Ministro, e vai até 1963 um pouco após a morte do presidente estadunidense John Kennedy. Nesse meio tempo é curioso observar como o foco da série em vários momentos passa a ser o Príncipe Philip (Matt Smith) e não a própria Rainha. Neste ano, quando foi anunciado que ele deixaria a vida pública, foi dito amplamente pela mídia internacional que ele foi fundamental em várias das decisões da rainha e nesta temporada vemos um pouquinho disso. Também passamos por cima de alguns dos casos de infidelidade do príncipe consorte (e há explicação do surgimento desse título), ainda que relatado de maneira bastante discreta, sem dar nomes aos bois. O Príncipe Philip é um personagem extremamente rico, considerando os acontecimentos da vida dele - os quais não posso entrar em maiores detalhes sem correr o risco de dar spoilers, mas ainda há muito material para que os roteiristas trabalhem em cima dele. Definitivamente Matt Smith aguentou bem o tranco de interpretar o marido da mulher mais importante do mundo e brilhou com a sua atuação na nova temporada da produção. Não há motivos sinceros para que ele seja deixado de fora dos prêmios mais importantes, se não admitir que há uma certa birra contra o britânico. Para quem esteve acostumado a vê-lo como o 11º Doctor de Doctor Who, é uma agradável surpresa observa-lo como um personagem tão diferente, mas com uma complexidade emocional igualmente grande.

The Crown

Estou ansiosa para a próxima temporada, especialmente levando em conta os acontecimentos mundiais na época em que provavelmente a próxima temporada irá passar.  Estar diante da possibilidade quase que certeira da substituição dos atores principais  é muito triste para o público  que perderá a grande química que há entre Foy e Smith, mas nunca é tarde para a Netflix voltar a trás na decisão - e espero que eles saibam disso.

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Beijos
S.S Sarfati




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