Tem certos textos que eu não faço ideia de como começar. Eu tenho uma ideia pronta na cabeça, o desenvolvimento, algumas frases de efeito e até mesmo uma conclusão, mas não faço ideia de como começar o tal texto. É horrível e dá muita vontade de desistir, só que têm textos bons demais para simplesmente não escreve-los.
Têm textos que simplesmente pedem para serem escritos, ele imploram e até suplicam para saírem da mente e irem para o papel, considerando os dias de hoje é mais apropriado dizer que têm textos que simplesmente pulam do cérebro para a ponta dos dedos afim de serem digitados.
É mais ou menos como se o texto tivesse vida própria desde o momento em que é feito na cabeça do autor e depois que ele é de fato escrito as coisas tornam-se ainda mais radicais e o texto parece um adolescente rebelde pedindo para deixá-lo fazer o que quiser, embora não seja bem assim.
O autor, como boa mãe que é, não vai deixá-lo sair de qualquer jeito. Tem que estar bonitinho, limpinho e cheirosinho, apresentável. Checa-se a ortografia, caligrafia, coesão e coerência e, claro, a temática. É que às vezes o texto está tão impaciente, tão cheio de vontade de se mostrar para o mundo que ele apenas pula da cabeça e às vezes se perde no processo. Você começa falando sobre a camada de ozônio e termina falando sobre bombons trufados. Estranho, mas acontece.
Depois que o texto está arrumado como deve estar, ele é mostrado ao mundo.
Afinal, um texto só ganha vida quando é lido. Antes disso ele é uma junção de palavras mortas e todo o esforço anterior não valeu de nada.
Quem nunca teve um bloqueio criativo, né? A pior coisa é não saber como começar a escrever um texto... E que trabalho lindo esse da imagem ~ amei a ilustração no jornal!
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