Existe um poema bem famosa na internet que circula bastante no fim de um ano e começo de outro que diz que quem escolheu fracionar o tempo, fez isso para fracionar a esperança e é em cima dessa frase que eu começo este post:
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi indivíduo genial.
Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vezcom outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente.
O poema se prolonga por mais várias e várias linhas, mas nenhuma delas é necessária para falar que Janeiro é o mês oficial dos começos e recomeços. Seja dieta, parar de fumar, começar academia, não importa: tudo começa e recomeça em Janeiro. Coisas como doar roupas, consumir menos, começar yoga e tingir o cabelo são coisas que surgem naturalmente em nós, vontades como tantas outras que temos e aproveitamos recomeço coletivo para fazermos também, mas e aquelas coisas que não são espontâneas, mas que são necessárias de fazer? Por que ninguém fala sobre os recomeços obrigatórios?
Olhando meu 2017, apesar de todas as coisas incríveis e maravilhosas que aconteceram na minha vida, sei que tem muita coisa que eu preciso deixar no ano em que passou. Nada grave, mas alguns vícios de comportamento, alguns medos e inseguranças, alguns hábitos ruins. Em suma, apenas coisas que eu refleti e vi que embora algum dia tenha feito sentido na minha vida, não faz para o meu futuro ou nunca agregou coisa alguma na minha vida e agora cansei de carregar coisas inúteis comigo.
Apesar de serem coisas mais leves do que tingir o cabelo ou largar o cigarro (não, eu não fumo), são coisas as quais sou muito mais apegada e que já se misturam com a minha personalidade, com o meu jeito de ser e é impossível eu não me perguntar se eu não estou traindo meu verdadeiro disfarçando isso de desapego psicológico. Esse tipo de despego é muito maior, mais intenso e mais difícil do que o físico. É você com você mesmo. e só. Quando se trata de apego e desapegos materiais é muito mais simples, é escolher coisas que você não quer mais com você naquele momento e depois substituir pelo que você quer. O desapego psicológico não se trata de tirar o velho e colocar o novo e sim de dar sentido ao velho ou tirá-lo. Acrescentar a si mesmo com o novo e não apenas colocar para fazer volume e preencher espaço.
Que Janeiro seja o mês de todos os recomeços possíveis, dos felizes e dos não felizes assim. É o mês de deixar para trás tudo o que faz mal e que não agrega em nada. Mês de encarar as dificuldades de frente e assim, talvez, superá-las mais rápido possível.
O que você vai (re)começar em Janeiro?
Beijos
S.S Sarfati
PS: O calendário é do The Cottage Market
PS: O calendário é do The Cottage Market
Lindo poema, nunca tinha lido. Diz sobre coisas que acontecem todos os anos, se um ano for tão ruim para você basta você esperar acabar e recomeçar no próximo, já pensou se não existissem os anos? adorei mesmo esse poema. E sobre os desapegos psicológicos? são os mais difíceis e devem ser feito de forma gradativa, mas nada que seja impossível, é preciso largar maus hábitos para adquirir os bons, sucesso nos seus desapegos e um feliz 2018
ResponderExcluirEstou seguindo aqui o blog, beijinhos ;*
http://segredos-sinceros.blogspot.com.br/