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Diabo Veste Prada Resenha

Hoje vou falar sobre o livro que deu origem a um dos filmes mais amados pelas fashionistas: Diabo Veste Prada, mas não é só isso. Vou falar também da continuação Vingança Veste Prada. Dois em  um!
O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Mas a jovem Andrea Sachs, recém-saída da faculdade, consegue ser contratada como assistente de Miranda Priestly, lendária e temida editora da revista Runway. Miranda faz da vida de seus subordinados um pesadelo permanente. Logo no primeiro dia, Andrea percebe que seu trabalho na revista será atender aos caprichos da chefe. A autora Lauren Weisberger valeu-se de sua experiência pessoal para escrever este romance divertido e saboroso. Grande sucesso que virou filme com Meryl Streep e Anne Hathaway nos papéis principais.

Diabo Veste Prada é um livro adorável, mais uma experiência agradável que tive nos metrôs de São Paulo. Apesar de ter várias diferenças do filme, não acho que o filme tenha sido ruim - de fato prefiro o filme. Enquanto no livro tem algumas coisas que são hiper explicadas, no filme é tudo mais enxuto e coeso. Apesar de ser uma história legal de ler, o que fez deste livro que retrata o universo das grandes revistas de moda de Nova York o mito que ele é hoje foi muito mias o apelo visual e cômico que o filme deu as trapalhadas da Andy. 
Enquanto no filem temos o enorme apelo visual com os looks maravilhosos de Miranda (Meryl Streep) e Andy (Anne Hathaway), no livro temos uma realidade completamente diferente. Como falar de moda, Alta Costura sem ter o recurso da imagem? Nesse ponto acho que a Lauren Weisberger pecou um pouco pois o tempo todo presume-se que o leitor sabe algumas coisas sobre moda e estilo que os mais leigos podem ficar meio perdidos e então a história deixa de fazer um pouco de sentido em alguns momentos.
É uma história meio fútil e me pareceu que o que fez tanta gente se apaixonar pela história foi ver a vida que elas nunca teriam. É uma história que vale ser lida, mas não é essencial ler. Como estudante de Jornalismo eu já havia ouvido falar deste livro várias vezes como um livro que fala sobre o Jornalismo de Moda e infelizmente eu esperava mais. Acho que a culpa é minha por ter colocado expectativas altas demais em uma história um tanto bobinha demais. É uma leitura extremamente leve e super indico para quem está querendo ler algo com o intuito de relaxar.
A a vida de Andy mudou muito desde os tempos de assistente da poderosa diretora Miranda Priestly. Seus dias pendurando incríveis casacos de pele, levando bandejas e correndo de um lado para o outro em saltos altíssimos para atender prontamente às mais inusitadas ordens ficaram para trás. Agora, o único café que ela carrega é o seu próprio. E talvez um para seu noivo, o incrível Max Harrison, um dos “melhores partidos” de Nova York.  De seu passado na Runway restaram apenas ocasionais pesadelos e ataques de pânico ao se lembrar da ex-chefe e uma – extremamente improvável – amizade com Emily, antiga companheira de trabalho. Juntas, as duas resolveram fundar uma revista especializada em cobrir os glamorosos casamentos dos ricos e famosos. Sofisticada, estilosa e de bom gosto, The Plunge é a revista mais luxuosa neste segmento, uma Runway para noivas.  Agora tudo parece estar em ordem e harmonia na vida de Andy. Mas não por muito tempo. Seja no dia de seu casamento ou pouco depois da lua de mel, surpresas aparecem nos momentos mais inoportunos e deixam sua próspera vida de pernas para o ar. E, quando menos espera, ela ainda se depara com uma velha conhecida, que traz consigo uma nova coleção de acessórios e uma lufada do famoso Chanel Nº 5. Estaria o passado voltando para assombrá-la? Deveria Andy esquecer o sossego dos últimos anos e voltar ao mundo supostamente fabuloso de Miranda Priestley?
Em Vingança Veste Prada temos uma Andy muito mais madura e bem menos chata. Em alguns momentos de Diabo Veste Prada eu queria bater nela por que ela era muito muito irritante. Mais uma vez, entramos em um universo de luxo e riqueza que a maioria de nós simplesmente não tem acesso e que sonha em viver, pelo menos por um dia, aquilo e ainda sim Andy reclama de absolutamente tudo. Tudo mesmo. Não sei se foi uma das intenções da autora, mas Andrea Sachs é extremamente reclamona.
Este livro é escrito na 3ª pessoa enquanto Diabo Veste Prada é na 1ª e para mim isso foi fundamental tornar o livro mais dinâmico. Além disso, acredito que quando temos muito contato com uma pessoa ou um personagem como temos quando o livro está em  1ª é muito mais fácil nos irritarmos com ele, especialmente se for um único personagem que narra o livro todo.
Achei que a nova fase de vida da Andy é praticamente independente da Miranda e do inferno que ela fez a Andy passar, mas a autora usava isso de recurso para "fixar" todos os fãs que amam odiar Miranda Priestley, um pouco desnecessário. Em alguns momentos isso me incomodava um pouco porque parecia que a autora só fez isso pelo dinheiro e não, como alguns autores fazem, de presente para os fãs.
Ambas são boas histórias para leituras leves e descompromissadas, realmente só não dá para criar grandes expectativas - como eu fiz.

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Beijos 
S.S Sarfati

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