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Ela se sentia em ebulição: como se dentro dela tivesse água fervendo cheia de bolinhas e que a qualquer momento iria transbordar. Ou lembrando das suas aulas de química, ela se sentia água oxigenada fazendo a sua reação: em bolhas.
Era tudo tão estranho para ela: o medo que ela passou a sentir, as dor que seus olhos externavam, o deslizar da mão nos longos fios do seu cabelo, a textura da pele sob as suas mãos...
Era tudo muito novo. Era tudo muito recente. E aconteceu tudo rápido demais. Ela não sabia se poderia lidar com isso, de fato.
Quando somos crianças e vamos começar a andar de bicicleta, depois que os nossos pais nos deixam andar sozinhos, nós ainda temos as rodinhas. Mas na vida não é assim. A vida não te permite te ensaios, é ali naquela hora naquele momento. E era assim que ela se sentia.
Ela se sentia jogada naquela situação sem preparo algum, não que isso fosse uma queixa, apenas o fato de que andar nesse estranho território era um campo minado. 
Uau! Quem diria que crescer poderia ter tantas metáforas? 

Beijos
S.S Sarfati

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