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A grande questão é: para quem? Por que para todo mundo eu tenho coisas entaladas na garganta. Para todo mundo mesmo. Sou uma pessoa bem quieta, embora eu tenha algumas dúvidas se vocês já perceberam isso ou não. É que é extremamente fácil soltar o verbo por aqui, falar tudo o que eu quero quando eu não tenho medo de ser julgada. Por que as pessoas julgam demais.
Eu me considero uma pessoa de opinião bastante forte. Para mim é tudo ou nada, sem meio termo. E pessoas como eu são duramente julgadas por ai, principalmente por aquelas pessoas mais pacatas e passivas de tudo. Fico profundamente irritada com isso, por que não é só por que eu discordo de você nós não podemos ser amigos. Eu posso discordar de você e sermos amigos mesmo assim. E parece que quanto mais passiva a pessoa em relação ao mundo, mas intolerante ela é. E pessoas passivas ainda são a maioria, então não é muito raro para mim entrar em uma discussão contra cinco ou seis pessoas-passivas. Eu adoro uma discussão, me sinto mais viva quando discuto. Por toda via, não pego raiva das pessoas com quem discuto, posso discutir contra você hoje e amanhã discutir ao seu lado ou até mesmo sair para comer alguma coisa contigo, mas as pessoas que discutem comigo pegam raiva de mim.
Uma vez isso me incomodou tanto que visitei uma psicóloga, mas sai ainda mais confusa de lá. Não consegui me decidir se as pessoas-passivas são realmente intolerantes e mente fechadas ou se eu que pego pesado. Já discuti alguns temas com o Professor de História onde discordávamos pesadamente, mas continuamos amigos então creio que a culpa seja das pessoas. 
Eu queria ter dito para minha mãe o quanto eu a amava antes que fosse tarde, eu queria ter dito aos Olhos Azuis o quanto eu sentiria falta dele quando ele se mudou para o Rio de Janeiro. Ele disse que se eu dissesse que queria que ele ficasse, ele ficaria, mas eu gostava tanto dele que achei que o melhor jeito de demonstrar isso era deixá-lo ir em busca do sonho dele. Será que eu errei? Será que para demonstrar o quanto eu gostava dele eu deveria tê-lo impedido de ir embora? Será que ele estava com medo de ir sozinho ou será que ele só não queria me deixar? Caramba, tem tantas coisas que eu queria ter dito que quanto mais eu penso sobre isso, mais eu quero dizer o que eu queria ter dito. Será que eu lembrei de guardar em algum lugar o cartão da psicóloga? 

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