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Para ser bem honesta, meu cotidiano é tão cotidianamente comum que chega a ser chato. Eu tenho aquele esquema de vida comum e careta que a maioria de nós cresceu dizendo que quando fossemos adultos faríamos diferente, mas não fizemos: acordo cedo, lá pelas seis, saio de casa as sete, chego no trabalho as oito, almoço do meio dia a uma, trabalho até umas seis e meia ou sete horas, vou para casa e fico acordada até uma dez ou onze horas. FIM. Nada de glamouroso, nada de legal ou diferente. Mais do mesmo. 
Na verdade, admiro quem consegue ter uma rotina diferente dessas: é tentador viver essa vida fácil que eu vivo. É tentador viver na zona de conforto. E eu sou vítima dela tanto quanto você que também vive nela. E sempre fui assim. 
Não me orgulho de ser uma pessoa confortável, mas também não faço nada para mudar. Meu pai sempre disse que eu era mole, mas não que ele fosse, ou é, um exemplo de vida para alguém. Ele também é meio babaca, isso para não dizer totalmente babaca. É horrível como algumas pessoas nos julgam por comportamentos que elas têm igual. É tão hipócrita que me faz passar mal.
Seria como se eu reclamasse de alguém que é indeciso. Não rola. Eu sou a pessoa mais indecisa que existe, não tem como eu reclamar de alguém por ela ser indecisa, tirando que é impossível ser mais indecisa do que eu.
Isso me lembra uma vez que eu e o Professor de História fomos ao cinema, fomos assistir "O Lobo de Wall Street" (eu já disse que sou A-PA-I-XO-NA-DA pelo Leonardo DiCaprio?) e enquanto estávamos na fila da pipoca e não nos decidíamos se pegaríamos o combo ou só pipoca, ele virou para mim e disse que ele havia saído com uma mulher por que ele não queria decidir nada e que se ele quisesse decidir alguma coisa teria saído com um outro cara ou sozinho. A primeiro momento eu achei ele um babaca sem graça, mas depois não consegui evitar rir um pouco da piada dele. Acho que lá no fundo as mulheres, nesse caso eu, gostam de ter a rédea da situação, especialmente com os rapazes.
Mas que raios! Não consigo mais escrever sem falar dele, o que será que está havendo comigo? Eu sempre soube que ele era importante na minha vida e tudo mais, mas chega de falar dele. De duas uma: ou ele é muito mais importante na minha vida do que eu pensava ou eu sou apaixonadinha por ele e não sabia. Ser apaixonadinha pelo melhor amigo aos vinte e poucos anos de idade é tão ridículo... é tão monótono que chega a ser cotidiano para mim.

UM COMENTÁRIO ❤

  1. Hahah me desculpe, mas ri bastante do teu cotidiano.
    Mas entendo perfeitamente a situação;
    Parece mais interessante quando é o dos outros!
    Seguindo no blog!
    Bjs da Le
    Le Versos & Controvérsias

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