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Reprodução/Instagram 

Como vocês devem saber, no último domingo rolou minha estreia no Youtube e só quem leu minhas metas para os anos anteriores sabem há quanto tempo eu venho postergando sobre isso. O tema do vídeo não poderia ser nada diferente do que a premiação mais incrível da sétima arte: o Oscar. Eu acompanho a cerimonia religiosamente desde 2013 quando o filme Les Miserables foi indicado (e injustamente perdeu a estatueta de melhor filme). Eu fiquei muito orgulhosa de mim por ter parado de procrastinar quanto a isso e então decidi fazer um texto comentando o que aconteceu no Oscar 2019. Preparados?

Apesar de a indústria cinematográfica americana ter perdido muito do seu prestígio após os diversos escândalos sexuais denunciados pelo movimento #MeToo (#EuTambém em português), isso não foi o suficiente para colocar o Oscar de lado: sejam por aqueles que almejam uma estatueta dourada, cinéfilos ou para o público em geral.
Domingo, dia 24/02, aconteceu a cerimonia mais atípica dos últimos 30 anos: não houve apresentador após o encarregado da cerimonia, Kevin Hart, ter decidido não participar depois que alguns dos seus comentários homofóbicos antigos foram trazidos à tona. A cerimonia foi considerada a mais curta dos últimos 5 anos com um pouco mais de 3h e foi impossível não se encantar por discursos como o do Guillermo del Toro (vencedor de duas estatuetas em 2018 por Melhor Diretor e Melhor Filme) dizendo que independente de quem ganhasse aquele prêmio, todos os filmes sairiam da mesma maneira que entraram naquela sala. Em uma cultura em que só se celebra as vitórias, é importante ressaltar que nem só delas que a vida é feita. Outro momento que aqueceu os corações de quem assistia a premiação a foi a comemoração entre Samuel L Jackson e Spike Lee que finalmente ganhou, de maneira extremamente merecida, o Oscar por Melhor Roteiro Adaptado por Infiltrado na Klan. No seu discurso de agradecimento, Lee falou sobre a escravidão e as cicatrizes proeminentes na sociedade até hoje, além de cutucar de maneira o presidente dos Estados Unidos quando diz que no próximo ano tem eleições presidenciais e que as pessoas devem ficar do lado certo da história. Donald Trump entendeu o recado e usando o seu twitter acusou o diretor de racismo dizendo que ele fez mais pelos negros do que qualquer outro presidente.
Com dois filmes predominantemente musicais, Nasce Uma Estrela e Bohemian Rhapsody, concorrendo a categoria de Melhor Filme, não é de surpreender que a musicalidade falou alto nessa cerimônia. Logo na abertura, teve uma performance emocionante do Queen que mostrou porque, depois de tantos anos, eles continuam sendo a realeza da música. Um momento que emocionou foi quando Lady Gaga e Bradley Cooper cantaram 'Shallow', música que viria a levar o Oscar de Melhor Música Original após uma campanha inesgotável por parte da Gaga, mas que não foi o suficiente para garantir o Oscar de Melhor Atriz que foi a categoria mais surpreendente da noite. Outro ponto alto foi quando na entrada dos apresentadores de algumas categorias tocaram a versão instrumental de “You Can’t Stop the Beat” do musical Hairspray e “America” de West Side Story que são musicais que tratam da questão de integração racial e da marginalização dos latinos, respectivamente.

Para continuar lendo, clique aqui. Este texto foi escrito para publicação no blog parceiro do R7 Lorena Bueri. Não se esqueçam de conferir meu vídeo pré-Oscar e se inscreverem no canal para não perderem os próximos vídeos.

Beijos
S.S Sarfati

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