Apesar dos alemães terem assinado a rendição em 08/05/1945, o fim oficial da II Guerra Mundial só viria a ser no dia 15/08/1945 com a rendição japonesa. Apesar disso, o motivo que levou a maior potência capitalista do mundo a uma medida tão extrema quanto uma bomba nuclear é controverso e não há um consenso entre os historiadores se realmente vidas civis foram poupadas com a rendição japonesa ou até mesmo se a rendição só ocorreu por conta das explosões. A grande maioria dos mortos foram civis.
Dos 350 mil habitantes que a cidade de Hiroshima tinha, 140 mil morreram e os números não oficiais são ainda mais assustadores: 240 mil pessoas teriam morrido por conta de algum efeito colateral da bomba. Cerca de 70% das construções da cidade ficaram afetadas e mais de 90% dos médicos e enfermeiros da cidade morreram ou se feriram gravemente. Três dias depois, 09/08, houve outra explosão na cidade de Nagasaki. Apesar de ter maior força, a geografia da cidade favoreceu os habitantes: foram 74 mil mortos oficialmente.
Os Estados Unidos tinham planos para outras sete bombas nucleares e, no final do ano de 1945, mais de 20% dos estadunidenses apoiavam a detonação de outras bombas no território japonês. Algo que contribuiu para essa percepção positiva das bombas por parte dos americanos foi a censura governamental que impedia as fotos de cadáveres e pessoas mutiladas. Apesar de fotos explicitas serem comuns ao jornalismo da época, na ocasião só eram divulgadas as fotos do cogumelo atômico.
A Última Mensagem de Hiroshima: O que vi e como sobrevivi à bomba atômica - Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica que dizimou milhares de seres humanos e que até hoje manifesta efeitos na saúde física e mental da população de Hiroshima e de Nagasaki. As consequências da bomba atômica foram devastadoras, e não apenas no que diz respeito à saúde daqueles que se encontravam nas imediações do epicentro, como é o caso do Takashi, que exercia o ofício de soldado na época: os atingidos pelas bombas sofreram muita discriminação, principalmente pelo fato de as consequências decorrentes da radiação para os sobreviventes e seus descendentes serem ainda uma incógnita.
Hiroshima - A bomba atômica matou 100 mil pessoas na cidade japonesa de Hiroshima em agosto de 1945. Um ano depois, a reportagem de John Hersey reconstituía o dia da explosão a partir do depoimento de seis sobreviventes. O texto tomava a edição inteira da revista The New Yorker, uma das mais importantes publicações semanais dos Estados Unidos. O trabalho do repórter alcançou uma repercussão extraordinária. Sua investigação aliava o rigor da informação jornalística à qualidade de um texto literário.
O Último Trem de Hiroshima - Entre a desintegração imediata e a sobrevivência precária, carregada de sequelas de envenenamento, o autor dá voz aos habitantes que viveram o maior ataque com vítimas civis até aquele momento. Não há como determinar um número preciso, mas há consenso que cerca de cem mil pessoas morreram devido às explosões - que até então só haviam sido testadas em locais desabitados. Baseado em depoimentos de sobreviventes das bombas atômicas.
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